domingo, 28 de novembro de 2010

CEMA – Correr fez BEM !
Caros leitores e corredores –VIVA A CORRIDA! Perguntei a alguns corredores e todos forma uníssonos em afirmar que é um prazer correr mais uma prova beneficente! Por isso quero parabenizar a atitude de patrocinadores da 1ª Corrida-Caminhada da Saúde CEMA/Villa-Lobos, realizada no dia de hoje, domingo 28 de novembro no bairro da Mooca em São Paulo.

Concentração foi no pátio do Hospital CEMA
Graças aos realizadores apoiados pelos patrocinadores, a realização da Corrida e Caminhada CEMA/Villa Lobos foi mais uma prova de que a corrida é uma ótima ferramenta social. Os participantes sabem e querem  colaborar com as causas sociais. Tanto corredores quantos os caminhantes sabem da importância dessa contribuição e participam com prazer de estar ajudando o próximo. Por isso contribuem de coração! Cada participante contribui com 2 ou mais quilos de alimentos.  Segundo o Dr Guido Aquino a arrecadação dos alimentos, foi um sucesso. “Estou surpreso com a receptividade dos participantes, eles ajudaram muitas creches com as doações de alimentos!” Guido concluiu:  “No próximo ano faremos a 2ª edição e teremos também a categoria especial para deficientes!”
 O domingo foi um dia muito especial tanto para os participantes sejam caminhantes ou corredores da corrida  CEMA, quem foi prestigiar a prova foi o corredor e amigo dos esportes, secretário municipal de esportes Valter Feldman, que por estar em tratamento médico apenas participou da caminhada.  ....

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Pode em NOVA YORK e também em pode MADUREIRA!

VIVA A CORRIDA!
Eu e Zeca já falamos sobre corrida!
Caro leitor a corrida da semana é sem dúvidas a Maratona de Nova York, com a esperança brasileira toda depositada nas passadas do bi campeão Marilson dos Santos. Por aqui a grande massa de corredores continua treinando nos parques e ruas em terras tupiniquins, cada um ao seu modo, afinando o treinamento para um dia completar uma maratona e quiçá um dia em Nova York?! Eu, hoje pela manhã treinei meus 25k já objetivando uma ótima conclusão em uma maratona para o próximo ano. Durante o treino aquele monte de idéias na usina mental que carrego entre as orelhas. E logo me veio a música do bom ZECA Baleiro, que tive oportunidade de conhecer e entrevistar inúmeras vezes. A frase do dia ficou na cabeça “Quem não pode Nova York... vá de Madureira... e treinei curtindo quando escutei a gostosa batida musical de Zeca e pensei vou mandar um Post hoje para meus diletos leitores, nas compassadas palavras da música VAI DE MADUREIRA misturadas as passadas no parque do Ibirapuera, hoje pela manhã, assim surgiu o texto, confira no meu blog no link da Revista Contra Relógio: http://revistacontrarelogio.com.br/blogs/corrida-viva/
abraços e VIVA A CORRIDA!

domingo, 31 de outubro de 2010

Vitória de "Animal" em Miami é pura alegria brasileira!

Uma das corredoras de rua mais emblemáticas do Brasil é notícia hoje em Miami nos EUA. Ana Luiza Garcez dos Anjos sagrou-se campeã da segunda edição da Meia maratona de Halloween, mais conhecida como “Animal” deu um show nos 21k em Miami ao cruzar a linha de chegada com 1h35min10s e vencer as americanas Caterine Lancia, 1h35min53s, e Sharon Weiss, que concluiu com 1h41min28s.

Animal acumula seu quarto título na Flórida. Em 2007, ela foi campeã da categoria 40-44 anos na Meia maratona da Disney. Em 2009, Animal foi campeã máster nas Meias da Disney e Miami.

Creio que no dia de hoje Aninha acordou cedinho e se preparou para a corrida, mesmo se recuperando de lesões em tratamento a mais de três meses – Aninha só pensava em vencer, para isso logo de manhãzinha se vestiu de verde amarelo, da cabeça aos pés, se pintou toda com purpurina, chegou o grande momento na corrida logo na largada disparou feito criança solta no campo, correu... correu... para mim, para você para o nosso Brasil, e como sempre faz, com muito orgulho estava com a pele verde e amarela.

Aproveito para saudar a vitória brasileira e felicitar Aninha com as frases abaixo que tomei emprestado da música Lágrimas do Sul, de Milton Nascimento. No parágrafo abaixo está desenhada a alma brasileira de Aninha.


Aninha dourada vence em Miami

"Reviver tudo que sofreu!
Guarde o toque do tambor para saudar sua beleza!


Seu corpo e suor para a dança da alegria.
E mil asas para voar que verão de te ver um dia...
E o vento ... é semente de outra história...


Cala boca desse mundo....


E caminhar até nunca mais...
Assim a canção segue a torcer por nós!”



Orgulho brasileiro
Na quinta-feira dia 28, tive o prazer de levar Ana até o aeroporto de Guarulhos, como é habitué Aninha roubava a atenção de todos com sua alegria, inclusive os cabelos cheios de tranças amarelas e verdes. Na ocasião ela me disse: “Sou assim mesmo! Sou do Brasil! Tenho orgulho, estou levando muitas bandeirinhas para distribuir e chaveirinhos e cordões com a bandeira do Brasil.

Porque para mim é ANINHA ? !
Mesmo tendo o seu apelido como “Animal” gosto sempre mesmo é de chamá-la de Aninha, porque ela sempre me parece uma garotinha de 14 anos, embora na verdade tenha seus 48 anos, mas, para mim sempre terá menos de 15 anos!

Ana sofreu tanto nessa vida que quando teve a chance de ser o que ela hoje é, escolheu e realmente ser FELIZ, e é de direito, posso então afirmar que ANA renasceu Aninha! Aninha é, e só sabe viver na divisa da adolescência e da infância, por isso quem a conhece sabe que é uma das pessoas mais sinceras e verdadeiras. Ana é incapaz, sim incapaz de mentir!

Algumas vezes é atrapalhada e revoltada, de certo foi a herança de seus primeiros duros 30 anos, que não viveu, mas sim sobreviveu na urbana cidade, entre drogas e fugindo sempre da violência. Por isso sei e entendo e gostaria que todos que estão lendo aqui também entendessem que é por essas razões que seus sentimentos e emoções estão sempre a flor da pele e ela é transparente e age assim.

Aninha sabe que sua alegria é sua maior riqueza e por isso está sempre assim, adora crianças e por ser como elas, têm a facilidade em contagiá-las. Aninha brincalhona e divertida está sempre presente enriquecendo com sorrisos e seus trejeitos as corridas infantis.
Não se surpreenda se em breve se repetir o feito, afinal em duas semanas, no dia 14 de novembro, Aninha irá competir na Flórida, onde disputará mais uma meia maratona, a 13.1 Fort Lauderdale.
 
Vamos torcer pelo nosso BRASIL pintado na raça, força, alegria e felicidade de Aninha que com sua história de vida nos dá exemplo para continuarmos sempre a acreditar que o melhor sempre está por vir!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

The Athlete - Filme sobre ABEBE BIKILA


Guardas Italianos com tochas iluminam o trajeto
Amigos,
VIVA A CORRIDA!
Quer se emocionar? É só não perder a estréia do filme THE ATLHETU de Rasselas Lakew e Davey Frankel, representante da Etiópia na 34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
Em tempos de equipamentos incríveis, tenis levíssimos, shorts especiais, meias acolchoadas , camisetas tecnológicas, pernito, manguito.. etc..etc.. Tudo desenvolvido para facilitar a vida do corredor. Ao se deparar com a história do campeão olímpico, o etíope Abebe Bikila que não fez questão nem de tenis, ter batido o recorde mundial de maratona em Roma 1960 e quatro anos depois vencer novamente.
Você pode ir reservando um espaço na sua caixa craniana para refletir sobre como foi possível isso um dia? E talvez chegar a uma das possíveis conclusões.
 “Por não saber se era impossível correr naquelas condições. Bikila foi lá e fez!
Descalço pronto para ultrapassar o favorito
A maratona olímpica de Roma em 1960 foi a primeira a ter a largada e chegada em um estádio e era a primeira vez também que em uma olimpíada a maratona foi percorrida a noite, ou seja, o percurso precisou ser todo iluminado com tochas pelos soldados italianos. Abebe Bikila corria sua terceira maratona com equipamento hoje considerado pesado e inadequado, short e camiseta grossa de pano, inclusive o número, correu sem tenis, descalço e do seu jeito conquistou a medalha de ouro e bateu o recorde mundial fazendo história ao ser o primeiro africano a conquistar uma medalha de ouro olímpica.
Na olimpíada de 1960 em Roma Abebe Bikila demonstrou naquelas difíceis condições que o verdadeiro guerreiro é aquele que se vence, ou seja, que se supera, para isso ele simplesmente desprezou, não tomou conhecimento dos desconfortos e em uma chegada esplêndida Abebe Bikila estava literalmente “MEN SAN IN CORPORE SANO” – num momento de total equilíbrio – Foi assim foi a definição do antropólogo Joseph Campbell em 1993, no documentário O PODER DO MITO.

"O atleta" já ganhou o Festival de Edimburgo e está na programação da Mostra Internacional de São Paulo, que começou ontem, na quinta-feira. Para mim, se há filmes melhores na competição é o menos importante, pelo histórico de Abebe Bikila já elegi esse para assistir!

É inevitável não absorver a mensagem que Bikila nos deixa, por sermos corredores estamos mais próximos dessas sensações e de toda sua história. De uma coisa nunca vou discordar porque sou e penso assim: Que a extraordinária e verdadeira força e resistência do ser humano provém de seu íntimo.


Veja o triller do filme em:
 http://www.youtube.com/watch?v=onLdjUFDmnk&feature=related

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

SOS NINO X -Treino, doações, agradecimentos e esperança!

Primeiro de tudo amanhã haverá um treino beneficente @,09/10 às 07:00h na USP. Estac. CEPEUSP.

Leve a sua doação!!!
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Hoje pela manhã combinei com o NINO um treinamento no Parque do Ibirapuera, foi necessário encontrá-lo para que eu pudesse “encher” o carro com as doações que dormem numa sala da (FPA) Federação Paulista de Atletismo desde a corrida dos 3000m realizada no sábado, 02 de outubro.

Naquele dia o NINO ainda não tinha espaço para guardá-la ou mesmo doá-la, com a colaboração de corredores, todos que se tornaram amigos após conhecerem NINO e participarem da corrida SOS NINO na Escola de Educação Física da Policia Militar de São Paulo, em cinco carros levamos as doações que foram entregues no dia da corrida para uma sala que foi gentilmente cedida pela FPA.

Desde então, toda vez que consigo na administração do tempo fazer sobrar pelo menos uma hora, aproveito para ir com o NINO até a sala da FPA no Conjunto Constâncio Vaz Guimarães e juntamente com o NINO lotamos o carro com as doações e seguimos para o Real Parque. Chegando lá NINO já faz uma rápida triagem no que pode servir para sua família, creio que aproveita média de 10 a 15% e o restante vai doando, dependendo pela rua que adentramos a favela ele já vai reconhecendo os moradores e vai chamando-os para entregar roupas, sapatos, móveis.

Uma senhora de 70 anos e 5 crianças esperam uma hora para agradecer NINO
Hoje fizemos diferente, a pedido dele lotamos o carro e ao invés de ir para a sua casa fomos ao Parque do Ibirapuera rodar 1 hora, ele me contou que ontem havia recebido uma cama de solteiro que não passava na porta de sua casa, e que pediu para avisar uma senhora que cuida de cinco crianças que tinha uma cama sobrando, ele relatou assim: “Sai pelo bairro para catar papelão, acho que levei umas três horas rodando, e a senhora chegou minutos depois de eu sair, ela já tinha uns 70 anos e ficou sentada em cima da cama com os filhos me esperando mais de duas horas só para agradecê-lo !”  Isso NINO me contou hoje pela manhã, quando fomos ao Parque Ibirapuera porque ele também queria agradecer algumas pessoas pelas doações e a atenção aos moradores da favela Real Parque.

No Parque do Ibirapuera Nino
recebe doações de amigos corredores
Na foto, Nino recebendo mais doações de amigos no estacionamento do Parque do Ibirapuera.

Querido leitor se você quiser colaborar com o SOS NINO _ Favela Real Parque, o Tião Fotógrafo e o Gilson do Tennis estarão amanhã na USP e domingo dia 10, na corrida de Limeira e no dia 12 eles estarão na corrida no Campo de Marte. Tiao e Gilson estarão recebendo sua doação para o SOSO NINO Favela Real Parque.

Outro colaborador é o gerente da Lanchonete 4RunnerCafé e corredor Eduardo Sano também está recebendo doações para a campanha SOS NINO. A 4RunnerCafé está localizada na Av. Nazaré nº 1199 - no bairro do Ipiranga

Para colaborar com o SOS NINO
Banco do Brasil Ag. 1516-4
Conta corrente: 7154-4
José Cássio de Oliveira Santos (Nino)
CPF: 259 618 338 28.

Se você quiser conversar com NINO o telefone dele é: 11 7356 7850

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

SOS NINO IX - Técnicos e Assessorias de corridas também colaboram!

Hoje a tarde por volta das 16 horas estive com o NINO, fui atrás do contrato de locação, do aluguel na casa que arrumou por enquanto. Nino e a família terá seis meses pagos por um amigo, que é empresário e corredor. Um pouco antes de eu chegar, um caminhão VUC tinha descarregado uma cama, dois colchões, televisão, roupas e alguns mantimentos para o NINO, quando encontrei Nino ele estava doando quase tudo que o VUC entregou para moradores da favela Real Parque. Ele disse, “Já ganhei uma televisão, fogão, algumas panelas, roupas, por isso tudo que chegar e eu já tiver vou doando, pois, não sou só eu o necessitado aqui não!” Nino ainda está precisando de uma ou duas camas, com ele moram a esposa, um casal de filhos, 9 e 7 anos, e a sobrinha de 13 anos.

Assessorias esportivas participam!
Quem foi entregar doação de pares de tenis e roupas de treinamento foi o personal trainer da equipe Ability Team, Juliano Pereira (foto). Que aproveitou e visitou a nova casa de NINO. “é bem pequena, um quartinho e cozinha, mas, em breve ele irá morar numa melhor.
Nino recebe equipamentos não parar de treinar!

Ele com certeza irá superar esse momento, porque tem a mesma vontade de melhorar de vida quanto tem a de correr !” observou o professor Juliano.
 Outro exemplo de colaboração com a campanha SOS NINO foi a do presidente da ATC – Associação de Treinadores de Corrida,professor e técnico da Assessoria Esportiva de mesmo nome, Nelson Evêncio que fez uma doação em dinheiro na conta de NINO. “Contribuir com uma causa dessas é um orgulho para nos corredores!”

Para colaborar com NINO
Banco do Brasil Ag. 1516-4
Conta corrente: 7154-4, Jose Cássio de Oliveira Santos (Nino), CPF: 259 618 338 28.
O gerente da Lanchonete 4RunnerCafé e corredor Eduardo Sano também está recebendo doações para a campanha SOS NINO.

A 4Runner Café está localizada na Av. Nazaré nº 1199 - no bairro do Ipiranga .

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

SOS NINO VIII - Corrida pela Vida na EEFPM / SP

No sábado as 8h30 do dia 2 de setembro foi dada a largada para uma corrida solidária, o evento aconteceu na pista de atletismo da Escola da Policia Militar do Estado de São Paulo, uma prova de 3000 metros denominada “Corrida pela Vida” que contou com total apoio do Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Coronel PM Álvaro Batista Camilo e do Comandante da Escola de Educação Física da Polícia Militar, Hudson Tabajara Camilli que incentivaram essa ação que resultou na arrecadação de mantimentos, roupas e vários donativos para a campanha de ajuda aos desabrigados do incêndio na Favela Real Parque.
Participaram da “Corrida pela Vida” - sete voltas e meia na pista - 40 corredores, entre eles a brilhante presença de Edson Bergara, que foi recordista brasileiro de Maratona em 1983. Também prestigiaram a Corrida pela Vida - Ralf Krause (ex— BBB9), Siara Beatriz (Musa do Corinthians) e a corredora Ana Garces dos Anjos a “Animal”. Muitos voluntários ficaram sabendo da corrida e foram dar sua colaboração, inclusive alunos e tenentes da policia militar juntaram muitos donativos que lotaram cinco automóveis.

SOS NINO VII - Favela Real Parque - Reflexos de uma ação solidária

Muitos foram os corredores e amigos que contribuíram com doações de bens materiais e principalmente com atitudes pós o incêndio da Favela Real Parque - acontecido em 24 de setembro. Ações que ajudaram também a comunidade. Graças a todos esses amigos, José Cássio de Oliveira Santos, 33 anos, o NINO está recuperando, dois empresários corredores garantiram o aluguel por um ano da família que desde domingo, dia 3, está instalada casa localizada apenas a 500 metros de onde NINO morava anteriormente. “Estou mais tranqüilo, agora já volto para casa e encontro minha família no fim do dia! Isso é um alívio, estou morando pertinho e pela primeira vez numa casa de paredes e não num barraco de madeira.” Destacou. 

 Quanto ao seu trabalho Nino disse que desde o primeiro dia após o incêndio na Favela Real Parque voltou a puxar sua carroça e diariamente circula pelas ruas do bairro recolhendo materiais recicláveis. “Por enquanto é o que eu tenho para fazer, mas, acho que não quero mais essa vida por muito tempo! Estou aguardando a oportunidade de um trabalho com carteira assinada. Já me prometeram!” Nino já retornou as aulas no EJA (escola de jovens adultos) na Escola Municipal Jose de Alcântara Machado Filho. “Eu estava mais preocupado com a escola de meus filhos. E eu também não posso perder mais tempo! Quero aprender a escrever mais rápido!”

NINO - Dividindo com a comunidade
Nino vive na favela Real Parque há quase 30 anos, conhecedor das necessidades da comunidade, ainda mais agora após o incêndio. NINO tem dividido tudo que recebe. “São muitas famílias e crianças que a passam necessidades. Tenho ajudado da forma que posso!” Ressaltou.Ontem, 5 de outubro, Nino recebeu doação de várias sacolas de fraldas, toalhas, calçados, roupas que forma arrecadadas na Daslu do Shopping Jardim Sul, Paty Camargo entregou pessoalmente para NINO várias sacolas de doação.


Outra doação foi da Santa Constancia que também enviou roupas, toalhas e camisetas, NINO direcionou para duas creches da comunidade e também para a ONG Ação Cultural Indígena Pankararu, que conta com aproximadamente 50 indígenas da etnia Pankararu. Nino também caminhou com as sacolas pela favela distribuindo o que tinha. "É minha obrigação dividir a minha ajuda!Obrigado a todos!"

sábado, 2 de outubro de 2010

O resgate de um ídolo!

Para entender melhor peço que você ligue a sua televisão mental, de preferência as imagens em preto e branco, e junto comigo assista agora uma ficção que não é cientifica:

A data, 27 de janeiro de 1980, um sábado em Suzano/SP. “Há uma hora antes da largada da corrida São Sebastião, um garotinho de 14 anos, sentado na guia à beira da calçada, aguarda para entrar no ginásio e se preparar para a largada, enquanto isso o menino observa a movimentação ao redor e escuta uma pergunta reverberar pelo ar em uníssono. “Quem irá ganhar a corrida de São Sebastião. Quem será que virá? ”

O menino, simples de tenis conga, meia do colégio enquanto amarra os cardaços aparece um adulto e rapidamente passando-lhe a mão na cabeça diz brincando: “Menino amarre esse tenis direito para não cair hein... e vamos lá para a largada!”

Naquela época as inscrições eram feitas na hora até minutos antes da largada e ficava difícil saber quem iria de repente aparecer. Sempre era uma surpresa e aguardar os favoritos, que eram muito conhecidos pelos corredores, fazia parte do clima.
O menino observa, e, como Moisés aquele homem passou entre os outros atletas, que o cumprimentaram abrindo caminho e comemorando. Logo todos começaram a comentar: “A corrida vai ser boa o Bergara está ai! Eram muitos os favoritos naqueles dias, mas Bergara se destacava era quase imbatível, os campeões eram ídolos nas provas. Os demais participantes eram também competitivos, quase todos representavam uma agremiação ou equipe e disputavam acirradamente os troféus ofertados. Bem diferente dos dias de hoje era muito difícil encontrar corridas que premiavam com dinheiro e os atletas que estavam iniciando eram rapidamente reconhecidos pelos demais, correr naqueles tempos era quase como fazer parte de uma grande família e tirando a São Silvestre, Mini Maratona da Independência Gazeta Esportiva, raramente uma corrida ultrapassava 500 inscritos. O esporte das ruas crescia lentamente por isso era fácil saber quem estava chegando.
Bergara - O Audaz
O que mais havia naqueles dias eram disputas acirradas, eram muitas corridas dentro da corrida, os corredores eram, em sua grande maioria, competidores, hoje mais de 80% das corridas de rua são participantes preocupados apenas em completar, correm pela qualidade de vida.
Naquela prova em Suzano a largada foi às 9 horas, numa rua de paralelepípedos, logo de saída uma reta enorme com uma pequena subida no após 8k retornava para a entrada do clube.
O campeão, foi ele que eu reconheço como o AUDAZ. Edson Bergara! Depois daquele dia presenciei inúmeras vitórias de Edson, que evoluiu e começou a representar o Brasil no exterior em provas de pista e maratonas internacionais. Em 1983 correu em Honolulu sendo o 2º colocado onde bateu recorde brasileiro da maratona com 2h14m.

A entrevista aconteceu há exatamente um mês e me deixou um sentimento saudosista rever um dos “heróis” das provas de rua nas décadas de 70,80 e 90. Fui recebido em sua casa em Perus, começamos a conversar as 22 horas de uma quinta feira a noite. Acabei saindo com metade do que queria, e retornei no domingo seguinte para finalizar a matéria Edson Bergara – O Audaz.
A entrevista despertou em Edson a vontade de voltar a treinar, e logo no domingo seguinte marcamos um treino de 10k na USP, ele topou e trouxe sua sobrinha Elina Bergara, que também venceu muitas provas naqueles anos dourados. Hoje com 58 anos, Edson fez 10k em 44 minutos, “rodando” como disse ele. Um detalhe, não corria desde 1999. E a surpresa, ele voltará a competir. Então não se surpreendam se apenas poder vê-lo pelas costas numa largada.

Agradecimento.
Por muitos anos acompanhando suas vitórias sem ter a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente e também por ter desaparecido das corridas, por mais de 10 anos reencontrar Bergara, um ídolo me fez voltar aos tempos de quando comecei a correr nas provas de rua. Em oração agradeci ao Pai Celestial pelo emocionante presente, reencontrar Bergara para uma entrevista especial para a Revista Contra Relógio. Tudo isso porque aquele garotinho no início do texto era eu. E ao contar isso a ele, Bergara me presenteou com sua camiseta, que ele definiu como “olímpica”, pois com ela ele disputou inúmeras provas internacionais. E em meu aniversário, recentemente ele apareceu e me levou um troféu de 1973 de presente. Receber um troféu de seu ídolo de infância...Isso realmente não tem preço!
Quer conhecê-lo?? Leia a Contra Relógio de outubro.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

SOS NINO VI - Nino carroceiro e maratonista na TV RECORD

No primeiro semestre de 2010 Nino deu duas entrevistas sobre SUPERAÇÃO!   
Celso Zucatelli - NINO e Gianni Albertoni
No final de maio o Nino, puxador de carroças que mora na favela Real Parque no Morumbi, foi entrevistado no programa “Hoje em Dia” da TV Record que foi apresentado em Julho. Nino fez parte do quadro Superação que exibiu toda a sua história e luta para sobreviver puxando carroças pelas ruas do bairro do Morumbi sustentar mulher e dois filhos e estudar EJA (Escola de Jovens Adultos) à noite e ainda treinar com disciplina para participar das corridas de rua.  Na foto os apresentadores Celso Zucatelli e Gianni Albertoni pousaram com a inseparável bandeira brasileira de Nino, a mesma que pendura em sua carroça pelas ruas do Morumbi.

... em 29 de julho uma produtora enviou equipe de TV que produziu para o Governo Federal matéria sobre a garra e perseverança do carroceiro corredor. A gravação aconteceu em frente ao barraco onde Nino morava, lá na favela Real Parque, a entrevista foi sobre a importância do esporte como inserção social. Hoje, 30 de setembro, apenas cinco dias após o drama do incêndio NINO já está de volta às ruas coletando materiais recicláveis.


Nino - Subindo as ladeiras!
Conversei com ele agora a pouco e com opinião diferente da entrevista há um ano, Nino agora quer mesmo é arrumar um emprego em carteira e sair das ruas. "Estão me ajudando, já vou atrás de um lugar para ficar entre hoje ou amanhã, já consiguirei pagar 6 meses de aluguel. A noite quero estar com minha família novamente. Essa tragédia será para melhor - é assim que quero pensar!"

Por isso Nino é um exemplo de SUPERAÇÃO!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SOS NINO V - Participe da corrida beneficente. Sua solidariedade é Oxigênio

Nino já voltou ao seu trabalho diário!
NINO ainda está catando os cacos literalmente!Desenterra algumas coisas abaixo das cinzas e volta a coletar materiais recicláveis pelas ruas do bairro. Perguntei a ele se tinha ido ao Banco do Brasil conferir as doações? Logo agradeceu a todas as pessoas que gentilmente estão ajudando e disse-me. "Tenho sim já dá para pagar as dívidas do carnê e logo que eu conseguir definir um lugar para ficar já irei comprar fogão,cama, geladeira e coisas para casa.Estou contente porque já tenho quase o que ganhei até agora nesse ano catando e vendendo papelão!"
É isso amigos solidários... e a campanha vai continuar. Afinal Nino precisa ir atrás de todos os documentos que perdeu no incendio, continua morando de favor na casa do cunhado e seus filhos ainda na casa da patroa da esposa. Nino contou que precisa ajuda para as crianças da comunidade Real Parque e que ainda faltam roupas infantis. "Só consigo ajudar minha comunidade também graças aos meus amigos na corrida!"
Então corredores e amigos.
Vamos participar da Campanha SOS NINO

Corra 3.000 metros em pista  - CORRIDA PELA VIDA
8 horas (sábado) - Treino beneficente -
Confira em:  http://www.facebook.com/event.php?eid=158455837505644&ref=nf

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

SOS NINO IV - Daslu faz doações para a Comunidade Real Parque


A empresaria Eliana Tranchesi- Daslu - por intermédio de Paty Camargo (foto) realizou a primeira entrega de donativos para a comunidade da Favela Real Parque no Morumbi. Paty foi pessoalmente levar às mãos dos moradores, latas de leite em pó, pacotes de fraldas, brinquedos e mantimentos. A entrega foi feita 10 minutos antes da interdição na Marginal Pinheiros.
Paty Camargo descarregou as doações de seu carro ajudada por crianças da comunidade e aproveitou para conhecer e conversar com o NINO.


Crianças da comunidade agradecem as doações.

Paty reafirmou que irá ajudar ainda mais durante a semana. “Temos mais doações que arrecadamos em outras lojas da Daslu e teremos mais novidades na semana. Queremos muito ajudar !

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A Lanchonete 4RunnerCafé localizada na Av. Nazaré nº 1199 no bairro do Ipiranga também está recebendo doações para a campanha de NINO comunidade Real Parque.

Veja mais em: http://www.cadernosp.com.br/cidade/1987/a-tragedia-na-vida-de-um-corredor/

SOS NINO III - Medalhas derretidas, esperança fortalecida!




Você consegue identificar essas medalhas?

Olá amigos corredores! Nino carroceiro e corredor está confiante!Essa foi a constatação que eu e o fotógrafo Vinicius Nunes tivemos ao retornar por volta das 13 horas da favela Real Parque. Logo pela manhã encontramos com o NINO que mesmo com todo esse problema em sua vida foi treinar com seu grupo de corrida Run For Life. E lá estava ele às 6 da manhã no Parque do Ibirapuera concentrado na atividade física. Perguntei-lhe como consegue ter cabeça para isso ele foi claro e enfático “A corrida é o que me restou é nela que tenho meus amigos de verdade!”


Nino apesar de ter de repente toda sua vida revirada de ponta cabeça, estava confiante. Perguntei-lhe sobre os depósitos em sua conta corrente se já dava para pensar em algo, ele disse. “Estou aguardando se vou poder continuar morando onde minha vida acontece, onde tenho meus filhos na escola e minha mulher trabalhando próximo? As respostas que procuro ainda não tenho! “




Nino também recebeu alimentos e vai dividir com a comunidade

Desde o início da publicação da sua tragédia no Twitter Nino já arrecadou 1300,00 reais.Ele está recomeçando tudo, como todos sabem o seu trabalho é o de carroceiro, de onde já está contando com mais 150 reais da venda de seu papelão. “Já entreguei para um ferro velho, agora acho que receberei esse dinheiro de 2 semanas de trabalho amanhã ou depois, mas, seriam 300 reais se não estivessem molhados, mesmo assim estou contente por ter conseguido vender, já está bom!


O fotografo Vinicius Nunes ajudando com as doações.

O nosso encontro pela manhã no Ibirapuera tinha uma finalidade, tanto eu quanto Vinicius Nunes estávamos com os carros cheios de doações e iríamos até a comunidade de NINO entregar o arrecadado.

As doações de roupas e alimentos vieram de todos os lados da cidade, logo no sábado um encontro foi organizado pelo corredor Antonio Colucci no Ipiranga na lanchonete 4RunnerCafé, para colaborar compareceram muitos amigos corredores Twittersrun a exemplo do corredor e professor de inglês Danilo Friolani que ao saber saiu de Santo André e levou duas sacolas cheias de roupas para doar. Até quem estava precisando colaborou, duas crianças da AEC Kaue foram prestigiar o evento de Colucci.

A tenda Twittersrun recebeu doações também no Circuito Adidas, e anunciva dias antes "Ajude os desabrigados da favela Real Parque. Seja corredor solidário!"

Após entregarmos todas as doações para NINO fomos dar uma volta pela favela Real Parque e percebemos que a comunidade está unida e se ajudando mutuamente. Naquele momento nino contou: “O incêndio foi na sexta-feira à tarde, estamos aguardando o que o governo vai fazer?! Não sabemos ainda!?”

Caminhando pelas ruas estreitas chegamos aonde era a casa de NINO, e ele nos mostrou onde achou as medalhas derretidas, tanto eu quanto Vinicius na hora percebemos toda a tristeza do amigo corredor dizendo que ainda conseguia identificar algumas delas. “Essa é da São Silvestre, essa foi da minha primeira maratona de São Paulo...” E lógico, nós, como qualquer outro que sabe o que é conquistar medalhas em corridas, ficamos com os olhos marejados. Afinal o sentimento é recíproco!

Ao sairmos do local atravessamos a rua e do outro lado fotografei detalhes que não tive oportunidade de ver na sexta-feira. Os barracos que chegavam a até três andares inexistem, ficaram no solo as cinzas e pedaços de ferro retorcido, alguns eram de alvenaria, notem a bonita vista que os moradores tinham de seus lares, a ponte estaiada e todo o lado oposto da marginal Pinheiros.

Nino ainda não sabe para onde realmente vai. Um amigo corredor já prometeu ajudar com três meses de aluguel, no momento está procurando um lugar para instalar a família, não quer deixar o local, Nino quer resolver a vida onde sempre viveu. “Só penso em reconstruir minha casa, seja de madeira ou não, quero ficar a noite com minha família acordar de manhã com meus filhos e levá-los na escola. E isso ainda não dá, meus filhos estão na casa da patroa de minha mulher”.Observou

Nino é solidário e após entregarmos as doações já foi logo separando para dividir na comunidade e agora está como “porta voz” ajudando no recebimento e encaminhando para famílias que passam o mesmo problema. “Foram mais de 300 famílias, estamos nos virando pó aqui. Quero agradecer tudo que está chegando aqui na comunidade, desde uma chupeta até a doação de uma geladeira, tudo é muito bem vindo porque após o incendio ficamos sem nada, só com a roupa do corpo!”

Quem quiser colaborar com NINO – Banco do Brasil Ag. 1516-4, Conta corrente: 7154-4, Jose Cássio de Oliveira Santos (Nino), CPF: 259 618 338 28.

O gerente Eduardo Sano da Lanchonete 4RunnerCafé localizada na Av. Nazaré nº 1199 no bairro do Ipiranga também está recebendo doações para a campanha de NINO.






sexta-feira, 24 de setembro de 2010

SOS - NINO II - Um brasileiro! Para onde vais??

São Paulo, 24 de setembro – 2010 – 17hrs - Tarde de garoa em São Paulo !
Agora há pouco estive na Favela Real Parque. Fui encontrar com nosso amigo corredor NINO. As fotos dizem por si, tragédia! A rua cheia de pessoas perambulando, sem saber o que fazer, havia uma fila para cadastro, onde encontrei NINO com a roupa de treino de hoje de manhã quando esteve no Parque do Ibirapuera. Logo me disse que saiu de casa estava tudo em ordem, mas, quando retornou.... Só cinzas.

Fomos até o barraco onde morava e tanto eu, quanto você leitor também encheria os olhos ao ouvir “Quando cheguei corri até minha casa, não vi mais nada,só escombros.. perdi tudo! Tentei ainda cavar com as mãos para achar alguma medalha de corrida e achei uma... mas, quando olhei em volta... nada mais eu tinha.! Nas mãos de NINo a medalha suja de cinzas.
Contente com minha presença ele disfarçava e dizia "A corrida me dá esperança! Vou recomeçar... Ainda tenho prestações da casas Bahia pra pagar do Fogão e de uma cama... Mas, perdi tudo mesmo!”

Leitores dá para perceber o quanto NINO é apegado as corridas? Mas, ao mesmo tempo, ele estava anestesiado pela situação, NINO ainda está em choque. Percorri com ele os escombros de seu barraco, até chegar no local vi muitos moradores chorando, desesperados. Perderem tudo... Documentos, casa.. Onde dormir? Onde ir?

É uma situação avassaladora ele disse: “De uma hora para outra... não sei o que fazer!” Nesse momento estávamos deixando a rua onde ele morava, sua mulher veio correndo em sua direção, veio do trabalho, os filhos estavam na escola. Desesperada, abraça NINO chorando e repete em convulsão.Só me sobrou a chaves de casa que estava no meu bolso. O que iremos fazer?!!

Para resumir, Nino está se virando, disse-me que sua esposa que é diarista irá levar os filhos para dormir na casa da patroa. Perguntei a NINO .. e Você? “Eu não sei ainda! Não quero sair daqui!” Abatido e ainda em choque Nino me afirmou categoricamente apontando um barranco com um monte de papelão molhado amontoado. “Esse papelão é meu, é  minha carteira, tudo que tenho está ai, preciso vendê-lo!” Logo perguntei para NINO, quanto vale ? ? Ele me disse: “Se não estivesse molhado seria uns 300 reais, mas assim não consigo nem 150 reais. É tudo que tenho!”

Sou jornalista desde 1986, e esse momento foi realmente muito triste pois jamais imaginaria uma tragédia dessas no meio da "tribo dos corredores". Ao perceber NINO, um homem como eu e você leitor, uma pessoa honesta prendendo sua dignidade no fruto de seu esforço, de seu trabalho, material reciclado que colheu na semana percorrendo as ruas do bairro. O seu monte de papelão molhado. NINO é um brasileiro, trabalhador, com filhos, estuda, tem esposa e gosta da Corrida, como eu, como você que está lendo essa coluna.
Com uma grande diferença sabemos onde iremos dormir hoje!

Convidei-o para minha casa... mas, ele não quis!
Sai de lá com a pergunta no ar: "Nino para onde vais?"
SOS Vamos ajudar o NINO!

Quem puder deposite qualquer quantia na conta pessoal dele:Banco do Brasil.






Corredor que levava à casa de Nino
 


Nino estava na fila para receber informações...
 

Escombros... o que sobrou do barraco de NINO


Nino aponta onde estavam as mobilias e  sua única medalha que restou!

Nino e seu patrimônio atual. 100 quilos de papelão, o
 fruto de trabalho de 1 semana.
  A família está bem mas eles perderam tudo....uma tragédia.
Nino observa desolado os barracos destruídos...

 Pedimos a colaboração de todos, com qualquer quantia.

 Banco do Brasil
 Agência: 1516-4
 Conta corrente: 7154-4


 Jose Cassio de Oliveira Santos (NINO)
CPF :  259 618 338 28
Até as 17 horas bombeiros ainda apagavam os focos do incêndio.

S O S NINO I - Amigo corredor perdeu tudo! ! !


Foto de Nino feita há 1 ano para matéria Revista Contra Relógio




Publicamos na Revista Contra Relogio na edição nº 188 de maio 2009 a história de um GUERREIRO. Cassio de Oliveira Santos, 33 anos, O NINO, que na ocasião iria estrear na Maratona de São Paulo. Após a matéria na CR Nino ficou conhecido também por entrevistas na TV GLobo, ESPN e TV Record. Apesar de suas condições, pai de duas crianças que sustenta como catador de material reciclavel, e estudante aprendendo a ler e escrever do EJA. Nino não desanimou e continua treinando. Mas, dessa vez o destino foi um pouco cruel. Nino morava até hj pela manhã na Favela Real Park onde realizamos a matéria no ano passado. Estamos organizando via Twitter uma maneira de ajudá-lo. Vamos lá corredores, sejamos solidários... essa é uma das marcas de nosso esporte. Estar ao lado do próximo... como numa Largada!!




Filhos apresentam as medalhas conquistadas pelo pai NINO


domingo, 29 de agosto de 2010

Corrida Vertical Brasileira. Prá cima e Avante!

O italiano Marco de Gaspari vence a etapa brasileira da Vertical Running
Conhecida como “vertical running”, a modalidade estreou no Brasil no domingo, 29 de agosto, o palco foi o edifício Nestlé, na Av. Chucri Zaidan, o quinto mais alto prédio da cidade de São Paulo. Nesse estilo de corrida uma das regras é que a prova só pode acontecer em escadarias de prédios com mais de cem metros de altura. A versão brasileira da Corrida Vertical contou com a participação de 600 inscritos sendo 60 atletas de elite com 10 convidados estrangeiros, todos com o objetivo de atingir o topo do prédio no menor tempo possível. A largada aconteceu no plano, 70 metros antes do primeiro dos 765 degraus divididos pelos 31 andares até a chegada no heliponto - que está a 142 metros do solo. Separados por três categorias: corredores de elite, amadores e caminhantes a iniciativa da patrocinadora Nestlé foi apresentar ao público essa modalidade de corrida ainda pouco praticada no país.

O vencedor foi o italiano Marco De Gasperi, campeão mundial de corrida de montanha que superou as expectativas, concluindo o trajeto em 3minutos e 45 segundos. A vencedora da categoria feminina foi a neozelandesa Melissa Moon, a terceira colocada foi Maria Cristina Bernardo, única representante do Brasil no pódio. Um destaque especial para o corredor de 56 anos, o carioca Sérgio Cordeiro que chegou ao topo do prédio subindo os 765 degraus descalço. A partir dessa edição São Paulo se candidata a integrar em 2011 o circuito mundial que conta com nove países sendo que o arranha-céu mais alto fica em Taiwan, com seus 2.046 degraus.Nesse circuito os participantes são apelidados de “corredores do céu”.
Marco Scabia, responsável pela agência organizadora do evento a Mix Brand Experience, comemorou o sucesso pela grande procura , as 500 vagas acabaram rapidamente e precisaram ser ampliadas para mais cem competidores. A corrida é tradicional em vários países, há 33 anos acontece nos EUA onde os corredores percorrem 1576 degraus nos 88 andares do Empire State Building. A prova contou com a supervisão da Federação Paulista de Atletismo e da Federação Internacional de Skyrunning.

Minha inesquecível primeira participação


Kamikaze: Na frente só até o 12º andar
A minha opinião sobre a Corrida Vertical: Uma prova diferente de tudo que já corri. A cada andar aumenta a solicitação de oxigênio e diminui a capacidade pulmonar, a falta de ar faz aumentar a sensação quase claustrofóbica, ou seja, a respiração fica ofegante principalmente após o 10º andar  e no 28º andar a minha visão começou a turvar  - Ufa... que bom que havia corremão e que só faltavam três andares para o final. Na minha categoria, 40 a 50 anos havia 60 inscritos, divididos nas 7ª e 8ª baterias e o que surpreendeu é que não tinha nenhum novato ou turista, eram todos  experientes, desde corredores de provas curtas e até ultra maratonistas, foram muito bem selecionados. Arrisquei e paguei pela minha estratégia “Kamikaze”, como a largada acontecia no plano, usei os 70 metros antes de começar a subir as escadas e dei um tiro forte com o objetivo de me manter em primeiro pelo maior tempo possível, pois, na minha cabeça só perderia posições perto do topo, avaliei a dificuldade de se ultrapassar alguém nas escadarias, pelo esforço infinitamente maior do que em condições normais que numa corrida de rua. Durante a minha bateria resisti em primeiro colocado até o 12º andar e fui ultrapassado por mais quatro participantes e fechei em 5º colocado.
Subi os 765 degraus em 6m 02s, fui o 43º geral e 8º na categoria, num ritmo de 5:01 km. Gostei!
A prova foi rápida e deixou a sensação de um beijo, parecia que a garganta tinha estreitado e a respiração só voltou ao normal após uma hora, não adiantava tomar água, também por causa do esforço excessivo e baixa umidade no ar.

Creio que todo e qualquer participante de uma corrida vertical, ao cruzar a reta final no topo do prédio não consegue dizer outra coisa a não ser :
Ufaaaa Acabou!
Quando será a próxima ?

Confira o resultado final em: http://bit.ly/czTsFw