domingo, 31 de outubro de 2010

Vitória de "Animal" em Miami é pura alegria brasileira!

Uma das corredoras de rua mais emblemáticas do Brasil é notícia hoje em Miami nos EUA. Ana Luiza Garcez dos Anjos sagrou-se campeã da segunda edição da Meia maratona de Halloween, mais conhecida como “Animal” deu um show nos 21k em Miami ao cruzar a linha de chegada com 1h35min10s e vencer as americanas Caterine Lancia, 1h35min53s, e Sharon Weiss, que concluiu com 1h41min28s.

Animal acumula seu quarto título na Flórida. Em 2007, ela foi campeã da categoria 40-44 anos na Meia maratona da Disney. Em 2009, Animal foi campeã máster nas Meias da Disney e Miami.

Creio que no dia de hoje Aninha acordou cedinho e se preparou para a corrida, mesmo se recuperando de lesões em tratamento a mais de três meses – Aninha só pensava em vencer, para isso logo de manhãzinha se vestiu de verde amarelo, da cabeça aos pés, se pintou toda com purpurina, chegou o grande momento na corrida logo na largada disparou feito criança solta no campo, correu... correu... para mim, para você para o nosso Brasil, e como sempre faz, com muito orgulho estava com a pele verde e amarela.

Aproveito para saudar a vitória brasileira e felicitar Aninha com as frases abaixo que tomei emprestado da música Lágrimas do Sul, de Milton Nascimento. No parágrafo abaixo está desenhada a alma brasileira de Aninha.


Aninha dourada vence em Miami

"Reviver tudo que sofreu!
Guarde o toque do tambor para saudar sua beleza!


Seu corpo e suor para a dança da alegria.
E mil asas para voar que verão de te ver um dia...
E o vento ... é semente de outra história...


Cala boca desse mundo....


E caminhar até nunca mais...
Assim a canção segue a torcer por nós!”



Orgulho brasileiro
Na quinta-feira dia 28, tive o prazer de levar Ana até o aeroporto de Guarulhos, como é habitué Aninha roubava a atenção de todos com sua alegria, inclusive os cabelos cheios de tranças amarelas e verdes. Na ocasião ela me disse: “Sou assim mesmo! Sou do Brasil! Tenho orgulho, estou levando muitas bandeirinhas para distribuir e chaveirinhos e cordões com a bandeira do Brasil.

Porque para mim é ANINHA ? !
Mesmo tendo o seu apelido como “Animal” gosto sempre mesmo é de chamá-la de Aninha, porque ela sempre me parece uma garotinha de 14 anos, embora na verdade tenha seus 48 anos, mas, para mim sempre terá menos de 15 anos!

Ana sofreu tanto nessa vida que quando teve a chance de ser o que ela hoje é, escolheu e realmente ser FELIZ, e é de direito, posso então afirmar que ANA renasceu Aninha! Aninha é, e só sabe viver na divisa da adolescência e da infância, por isso quem a conhece sabe que é uma das pessoas mais sinceras e verdadeiras. Ana é incapaz, sim incapaz de mentir!

Algumas vezes é atrapalhada e revoltada, de certo foi a herança de seus primeiros duros 30 anos, que não viveu, mas sim sobreviveu na urbana cidade, entre drogas e fugindo sempre da violência. Por isso sei e entendo e gostaria que todos que estão lendo aqui também entendessem que é por essas razões que seus sentimentos e emoções estão sempre a flor da pele e ela é transparente e age assim.

Aninha sabe que sua alegria é sua maior riqueza e por isso está sempre assim, adora crianças e por ser como elas, têm a facilidade em contagiá-las. Aninha brincalhona e divertida está sempre presente enriquecendo com sorrisos e seus trejeitos as corridas infantis.
Não se surpreenda se em breve se repetir o feito, afinal em duas semanas, no dia 14 de novembro, Aninha irá competir na Flórida, onde disputará mais uma meia maratona, a 13.1 Fort Lauderdale.
 
Vamos torcer pelo nosso BRASIL pintado na raça, força, alegria e felicidade de Aninha que com sua história de vida nos dá exemplo para continuarmos sempre a acreditar que o melhor sempre está por vir!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

The Athlete - Filme sobre ABEBE BIKILA


Guardas Italianos com tochas iluminam o trajeto
Amigos,
VIVA A CORRIDA!
Quer se emocionar? É só não perder a estréia do filme THE ATLHETU de Rasselas Lakew e Davey Frankel, representante da Etiópia na 34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
Em tempos de equipamentos incríveis, tenis levíssimos, shorts especiais, meias acolchoadas , camisetas tecnológicas, pernito, manguito.. etc..etc.. Tudo desenvolvido para facilitar a vida do corredor. Ao se deparar com a história do campeão olímpico, o etíope Abebe Bikila que não fez questão nem de tenis, ter batido o recorde mundial de maratona em Roma 1960 e quatro anos depois vencer novamente.
Você pode ir reservando um espaço na sua caixa craniana para refletir sobre como foi possível isso um dia? E talvez chegar a uma das possíveis conclusões.
 “Por não saber se era impossível correr naquelas condições. Bikila foi lá e fez!
Descalço pronto para ultrapassar o favorito
A maratona olímpica de Roma em 1960 foi a primeira a ter a largada e chegada em um estádio e era a primeira vez também que em uma olimpíada a maratona foi percorrida a noite, ou seja, o percurso precisou ser todo iluminado com tochas pelos soldados italianos. Abebe Bikila corria sua terceira maratona com equipamento hoje considerado pesado e inadequado, short e camiseta grossa de pano, inclusive o número, correu sem tenis, descalço e do seu jeito conquistou a medalha de ouro e bateu o recorde mundial fazendo história ao ser o primeiro africano a conquistar uma medalha de ouro olímpica.
Na olimpíada de 1960 em Roma Abebe Bikila demonstrou naquelas difíceis condições que o verdadeiro guerreiro é aquele que se vence, ou seja, que se supera, para isso ele simplesmente desprezou, não tomou conhecimento dos desconfortos e em uma chegada esplêndida Abebe Bikila estava literalmente “MEN SAN IN CORPORE SANO” – num momento de total equilíbrio – Foi assim foi a definição do antropólogo Joseph Campbell em 1993, no documentário O PODER DO MITO.

"O atleta" já ganhou o Festival de Edimburgo e está na programação da Mostra Internacional de São Paulo, que começou ontem, na quinta-feira. Para mim, se há filmes melhores na competição é o menos importante, pelo histórico de Abebe Bikila já elegi esse para assistir!

É inevitável não absorver a mensagem que Bikila nos deixa, por sermos corredores estamos mais próximos dessas sensações e de toda sua história. De uma coisa nunca vou discordar porque sou e penso assim: Que a extraordinária e verdadeira força e resistência do ser humano provém de seu íntimo.


Veja o triller do filme em:
 http://www.youtube.com/watch?v=onLdjUFDmnk&feature=related

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

SOS NINO X -Treino, doações, agradecimentos e esperança!

Primeiro de tudo amanhã haverá um treino beneficente @,09/10 às 07:00h na USP. Estac. CEPEUSP.

Leve a sua doação!!!
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Hoje pela manhã combinei com o NINO um treinamento no Parque do Ibirapuera, foi necessário encontrá-lo para que eu pudesse “encher” o carro com as doações que dormem numa sala da (FPA) Federação Paulista de Atletismo desde a corrida dos 3000m realizada no sábado, 02 de outubro.

Naquele dia o NINO ainda não tinha espaço para guardá-la ou mesmo doá-la, com a colaboração de corredores, todos que se tornaram amigos após conhecerem NINO e participarem da corrida SOS NINO na Escola de Educação Física da Policia Militar de São Paulo, em cinco carros levamos as doações que foram entregues no dia da corrida para uma sala que foi gentilmente cedida pela FPA.

Desde então, toda vez que consigo na administração do tempo fazer sobrar pelo menos uma hora, aproveito para ir com o NINO até a sala da FPA no Conjunto Constâncio Vaz Guimarães e juntamente com o NINO lotamos o carro com as doações e seguimos para o Real Parque. Chegando lá NINO já faz uma rápida triagem no que pode servir para sua família, creio que aproveita média de 10 a 15% e o restante vai doando, dependendo pela rua que adentramos a favela ele já vai reconhecendo os moradores e vai chamando-os para entregar roupas, sapatos, móveis.

Uma senhora de 70 anos e 5 crianças esperam uma hora para agradecer NINO
Hoje fizemos diferente, a pedido dele lotamos o carro e ao invés de ir para a sua casa fomos ao Parque do Ibirapuera rodar 1 hora, ele me contou que ontem havia recebido uma cama de solteiro que não passava na porta de sua casa, e que pediu para avisar uma senhora que cuida de cinco crianças que tinha uma cama sobrando, ele relatou assim: “Sai pelo bairro para catar papelão, acho que levei umas três horas rodando, e a senhora chegou minutos depois de eu sair, ela já tinha uns 70 anos e ficou sentada em cima da cama com os filhos me esperando mais de duas horas só para agradecê-lo !”  Isso NINO me contou hoje pela manhã, quando fomos ao Parque Ibirapuera porque ele também queria agradecer algumas pessoas pelas doações e a atenção aos moradores da favela Real Parque.

No Parque do Ibirapuera Nino
recebe doações de amigos corredores
Na foto, Nino recebendo mais doações de amigos no estacionamento do Parque do Ibirapuera.

Querido leitor se você quiser colaborar com o SOS NINO _ Favela Real Parque, o Tião Fotógrafo e o Gilson do Tennis estarão amanhã na USP e domingo dia 10, na corrida de Limeira e no dia 12 eles estarão na corrida no Campo de Marte. Tiao e Gilson estarão recebendo sua doação para o SOSO NINO Favela Real Parque.

Outro colaborador é o gerente da Lanchonete 4RunnerCafé e corredor Eduardo Sano também está recebendo doações para a campanha SOS NINO. A 4RunnerCafé está localizada na Av. Nazaré nº 1199 - no bairro do Ipiranga

Para colaborar com o SOS NINO
Banco do Brasil Ag. 1516-4
Conta corrente: 7154-4
José Cássio de Oliveira Santos (Nino)
CPF: 259 618 338 28.

Se você quiser conversar com NINO o telefone dele é: 11 7356 7850

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

SOS NINO IX - Técnicos e Assessorias de corridas também colaboram!

Hoje a tarde por volta das 16 horas estive com o NINO, fui atrás do contrato de locação, do aluguel na casa que arrumou por enquanto. Nino e a família terá seis meses pagos por um amigo, que é empresário e corredor. Um pouco antes de eu chegar, um caminhão VUC tinha descarregado uma cama, dois colchões, televisão, roupas e alguns mantimentos para o NINO, quando encontrei Nino ele estava doando quase tudo que o VUC entregou para moradores da favela Real Parque. Ele disse, “Já ganhei uma televisão, fogão, algumas panelas, roupas, por isso tudo que chegar e eu já tiver vou doando, pois, não sou só eu o necessitado aqui não!” Nino ainda está precisando de uma ou duas camas, com ele moram a esposa, um casal de filhos, 9 e 7 anos, e a sobrinha de 13 anos.

Assessorias esportivas participam!
Quem foi entregar doação de pares de tenis e roupas de treinamento foi o personal trainer da equipe Ability Team, Juliano Pereira (foto). Que aproveitou e visitou a nova casa de NINO. “é bem pequena, um quartinho e cozinha, mas, em breve ele irá morar numa melhor.
Nino recebe equipamentos não parar de treinar!

Ele com certeza irá superar esse momento, porque tem a mesma vontade de melhorar de vida quanto tem a de correr !” observou o professor Juliano.
 Outro exemplo de colaboração com a campanha SOS NINO foi a do presidente da ATC – Associação de Treinadores de Corrida,professor e técnico da Assessoria Esportiva de mesmo nome, Nelson Evêncio que fez uma doação em dinheiro na conta de NINO. “Contribuir com uma causa dessas é um orgulho para nos corredores!”

Para colaborar com NINO
Banco do Brasil Ag. 1516-4
Conta corrente: 7154-4, Jose Cássio de Oliveira Santos (Nino), CPF: 259 618 338 28.
O gerente da Lanchonete 4RunnerCafé e corredor Eduardo Sano também está recebendo doações para a campanha SOS NINO.

A 4Runner Café está localizada na Av. Nazaré nº 1199 - no bairro do Ipiranga .

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

SOS NINO VIII - Corrida pela Vida na EEFPM / SP

No sábado as 8h30 do dia 2 de setembro foi dada a largada para uma corrida solidária, o evento aconteceu na pista de atletismo da Escola da Policia Militar do Estado de São Paulo, uma prova de 3000 metros denominada “Corrida pela Vida” que contou com total apoio do Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Coronel PM Álvaro Batista Camilo e do Comandante da Escola de Educação Física da Polícia Militar, Hudson Tabajara Camilli que incentivaram essa ação que resultou na arrecadação de mantimentos, roupas e vários donativos para a campanha de ajuda aos desabrigados do incêndio na Favela Real Parque.
Participaram da “Corrida pela Vida” - sete voltas e meia na pista - 40 corredores, entre eles a brilhante presença de Edson Bergara, que foi recordista brasileiro de Maratona em 1983. Também prestigiaram a Corrida pela Vida - Ralf Krause (ex— BBB9), Siara Beatriz (Musa do Corinthians) e a corredora Ana Garces dos Anjos a “Animal”. Muitos voluntários ficaram sabendo da corrida e foram dar sua colaboração, inclusive alunos e tenentes da policia militar juntaram muitos donativos que lotaram cinco automóveis.

SOS NINO VII - Favela Real Parque - Reflexos de uma ação solidária

Muitos foram os corredores e amigos que contribuíram com doações de bens materiais e principalmente com atitudes pós o incêndio da Favela Real Parque - acontecido em 24 de setembro. Ações que ajudaram também a comunidade. Graças a todos esses amigos, José Cássio de Oliveira Santos, 33 anos, o NINO está recuperando, dois empresários corredores garantiram o aluguel por um ano da família que desde domingo, dia 3, está instalada casa localizada apenas a 500 metros de onde NINO morava anteriormente. “Estou mais tranqüilo, agora já volto para casa e encontro minha família no fim do dia! Isso é um alívio, estou morando pertinho e pela primeira vez numa casa de paredes e não num barraco de madeira.” Destacou. 

 Quanto ao seu trabalho Nino disse que desde o primeiro dia após o incêndio na Favela Real Parque voltou a puxar sua carroça e diariamente circula pelas ruas do bairro recolhendo materiais recicláveis. “Por enquanto é o que eu tenho para fazer, mas, acho que não quero mais essa vida por muito tempo! Estou aguardando a oportunidade de um trabalho com carteira assinada. Já me prometeram!” Nino já retornou as aulas no EJA (escola de jovens adultos) na Escola Municipal Jose de Alcântara Machado Filho. “Eu estava mais preocupado com a escola de meus filhos. E eu também não posso perder mais tempo! Quero aprender a escrever mais rápido!”

NINO - Dividindo com a comunidade
Nino vive na favela Real Parque há quase 30 anos, conhecedor das necessidades da comunidade, ainda mais agora após o incêndio. NINO tem dividido tudo que recebe. “São muitas famílias e crianças que a passam necessidades. Tenho ajudado da forma que posso!” Ressaltou.Ontem, 5 de outubro, Nino recebeu doação de várias sacolas de fraldas, toalhas, calçados, roupas que forma arrecadadas na Daslu do Shopping Jardim Sul, Paty Camargo entregou pessoalmente para NINO várias sacolas de doação.


Outra doação foi da Santa Constancia que também enviou roupas, toalhas e camisetas, NINO direcionou para duas creches da comunidade e também para a ONG Ação Cultural Indígena Pankararu, que conta com aproximadamente 50 indígenas da etnia Pankararu. Nino também caminhou com as sacolas pela favela distribuindo o que tinha. "É minha obrigação dividir a minha ajuda!Obrigado a todos!"

sábado, 2 de outubro de 2010

O resgate de um ídolo!

Para entender melhor peço que você ligue a sua televisão mental, de preferência as imagens em preto e branco, e junto comigo assista agora uma ficção que não é cientifica:

A data, 27 de janeiro de 1980, um sábado em Suzano/SP. “Há uma hora antes da largada da corrida São Sebastião, um garotinho de 14 anos, sentado na guia à beira da calçada, aguarda para entrar no ginásio e se preparar para a largada, enquanto isso o menino observa a movimentação ao redor e escuta uma pergunta reverberar pelo ar em uníssono. “Quem irá ganhar a corrida de São Sebastião. Quem será que virá? ”

O menino, simples de tenis conga, meia do colégio enquanto amarra os cardaços aparece um adulto e rapidamente passando-lhe a mão na cabeça diz brincando: “Menino amarre esse tenis direito para não cair hein... e vamos lá para a largada!”

Naquela época as inscrições eram feitas na hora até minutos antes da largada e ficava difícil saber quem iria de repente aparecer. Sempre era uma surpresa e aguardar os favoritos, que eram muito conhecidos pelos corredores, fazia parte do clima.
O menino observa, e, como Moisés aquele homem passou entre os outros atletas, que o cumprimentaram abrindo caminho e comemorando. Logo todos começaram a comentar: “A corrida vai ser boa o Bergara está ai! Eram muitos os favoritos naqueles dias, mas Bergara se destacava era quase imbatível, os campeões eram ídolos nas provas. Os demais participantes eram também competitivos, quase todos representavam uma agremiação ou equipe e disputavam acirradamente os troféus ofertados. Bem diferente dos dias de hoje era muito difícil encontrar corridas que premiavam com dinheiro e os atletas que estavam iniciando eram rapidamente reconhecidos pelos demais, correr naqueles tempos era quase como fazer parte de uma grande família e tirando a São Silvestre, Mini Maratona da Independência Gazeta Esportiva, raramente uma corrida ultrapassava 500 inscritos. O esporte das ruas crescia lentamente por isso era fácil saber quem estava chegando.
Bergara - O Audaz
O que mais havia naqueles dias eram disputas acirradas, eram muitas corridas dentro da corrida, os corredores eram, em sua grande maioria, competidores, hoje mais de 80% das corridas de rua são participantes preocupados apenas em completar, correm pela qualidade de vida.
Naquela prova em Suzano a largada foi às 9 horas, numa rua de paralelepípedos, logo de saída uma reta enorme com uma pequena subida no após 8k retornava para a entrada do clube.
O campeão, foi ele que eu reconheço como o AUDAZ. Edson Bergara! Depois daquele dia presenciei inúmeras vitórias de Edson, que evoluiu e começou a representar o Brasil no exterior em provas de pista e maratonas internacionais. Em 1983 correu em Honolulu sendo o 2º colocado onde bateu recorde brasileiro da maratona com 2h14m.

A entrevista aconteceu há exatamente um mês e me deixou um sentimento saudosista rever um dos “heróis” das provas de rua nas décadas de 70,80 e 90. Fui recebido em sua casa em Perus, começamos a conversar as 22 horas de uma quinta feira a noite. Acabei saindo com metade do que queria, e retornei no domingo seguinte para finalizar a matéria Edson Bergara – O Audaz.
A entrevista despertou em Edson a vontade de voltar a treinar, e logo no domingo seguinte marcamos um treino de 10k na USP, ele topou e trouxe sua sobrinha Elina Bergara, que também venceu muitas provas naqueles anos dourados. Hoje com 58 anos, Edson fez 10k em 44 minutos, “rodando” como disse ele. Um detalhe, não corria desde 1999. E a surpresa, ele voltará a competir. Então não se surpreendam se apenas poder vê-lo pelas costas numa largada.

Agradecimento.
Por muitos anos acompanhando suas vitórias sem ter a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente e também por ter desaparecido das corridas, por mais de 10 anos reencontrar Bergara, um ídolo me fez voltar aos tempos de quando comecei a correr nas provas de rua. Em oração agradeci ao Pai Celestial pelo emocionante presente, reencontrar Bergara para uma entrevista especial para a Revista Contra Relógio. Tudo isso porque aquele garotinho no início do texto era eu. E ao contar isso a ele, Bergara me presenteou com sua camiseta, que ele definiu como “olímpica”, pois com ela ele disputou inúmeras provas internacionais. E em meu aniversário, recentemente ele apareceu e me levou um troféu de 1973 de presente. Receber um troféu de seu ídolo de infância...Isso realmente não tem preço!
Quer conhecê-lo?? Leia a Contra Relógio de outubro.